Com “O Nariz”, pelo Teatro em Leiria.

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O laxanteCULTURAL é, apesar da ironia do nome, um espaço sério e preocupado com a estado da Cultura em Portugal. Qualquer atentado ao normal funcionamento de um agente cultural, seja de que área for, é para mim uma preocupação e uma batalha a travar. Nesse sentido, dou aqui voz ao “O Nariz – Teatro de Grupo“, associação cultural que se dedica, há 15 anos, à produção profissional de espectáculos de teatro em Leiria.

Este grupo, com um currículo impressionante de obra feita, corre o risco de ficar sem espaço para continuar a sua actividade. Não sei (no texto da petição não é claro) o que levou a esta decisão unilateral por parte do Orfeão de Leiria, mas não deve ser muito diferente do que acontece no resto do País. Ainda há uns dias, mencionei o caso do Fantasporto, que também corre o sério risco de ficar inibido de usar o espaço do Rivoli, que ajudou a equipar com o propósito de ali se realizar o festival. E se a crise serve de desculpa para algumas coisas, é  absolutamente absurdo que seja usada para comprometer o nível cultural de futuras gerações de Portugueses. Contra isto, devemo-nos todos juntar. É por essa razão que apelo a todos os leitores do laxanteCULTURAL que acedam à petição online e, caso a julguem válida, a assinem. Não é só por um Grupo de Teatro numa cidade menos importante que Lisboa, é por um movimento popular que se deve solidificar e tornar nacional, contra o ostracismo dos agentes culturais em favor de interesses económicos ou outros também pouco nobres. A petição está aqui.

Para terem uma ideia da actividade do grupo, podem aceder ao seu blog, onde podem comprovar algumas iniciativas passadas ou visualizar os vídeos abaixo, bons exemplos de competência e seriedade no exercício de uma função que é cada vez mais ingrata: Ser agente cultural num país como o nosso.

10 comentários em “Com “O Nariz”, pelo Teatro em Leiria.”

  1. Estimado Senhor
    O Orfeão de Leiria é uma grande ASSOCIAÇÃO CULTURAL de Leiria, que, graciosamente, cedeu parte das suas instalações a O Nariz, porque nos interessava que houvesse teatro em Leiria.
    Fez-se um protocolo, com identificação da área emprestada e do tempo de o Protocolo vigorar, incluindo o seu terminus.
    Se há algum caracter unilateralidade é nos seguintes aspectos: o Orfeão sempre pagou todas as despesas; O Nariz assenhoriou-se do que não era seu; também não aceitou o regresso à área protocolada afirmando publicamente que deixaria as instalações mais cedo que o estipulado.
    O Orfeão é uma grande instituição a precisar de espaço. Os seus sócios merecem tanto respeito como tantos outros.
    Isso de falar de Cultura em Portugal não é seguramente com quem a faz. Se as Autoridades, regionais e nacionais, ajudarem tanto o Nariz como o Orfeão o tem feito ao longo de década e meia, O Nariz será o maior.
    Todavia sempre procurámos encontrar com esta e a anterior Câmaras uma solução para O Nariz. Ora, já lhes foi oferecida a hipótese de trabalhar em várias condições belíssimas. Condições que a maioria dos Grupos de Teatro gostaria de ter e que muitos nunca conseguirão ter.
    Infelizmente só lhes interessa esta.
    Henrique Pinto
    (presidente)

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    • Caro Senhor Henrique Pinto,
      Agradeço-lhe sinceramente o esclarecimento, que aqui publico. E congratulo-o pelo interesse e esforço que tem feito para que continue a haver Teatro em Leiria. Espero que isto possa inspirar outras associações pelo País fora a fazer o mesmo.
      Com os melhores cumprimentos,
      Pedro Afonso
      laxanteCULTURAL

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  2. in
    http://minoriarelativa.blogspot.com/2010/03

    M V C disse…

    O dr. Henrique Pinto é daqueles personagens imprescindiveis na história… se não existisse, teria de ser inventado!
    Ninguém está contra o Orfeão de Leiria como já foi dito. Ninguém duvidada da legalidade do “acto”. Aliás nunca foi posto em causa mas, meu senhor acha mesmo que o Nariz só em Janeiro é que acordou para a vida?
    Não me parece que esteja na posse de todos os dados… eu esclareço…
    Desde Janeiro de 2008 que Nariz e Autarquia discutem o futuro a respeito de instalações. Desde Janeiro de 2008 que O Nariz tenta junto de V. Exa. e da da Instituição a que preside perceber até quando e como, seria a sua permanência no espaço em questão (Orfeão Velho).
    Continua a “bater” na tecla das contas não pagas…
    Quantas vezes Dr. Henrique Pinto, O Nariz lhe falou no assunto? Qual foi a resposta?
    Não se faça de vítima!
    O Nariz sempre o tratou com todo o respeito e sempre esteve grato pela cedência do espaço.
    Sempre e em qualquer situação o Sr. (e o Orfeão de Leiria) foi referido, pelo Nariz, como o principal e inestimável apoio, em todas a actividades que tem realizado, ao longo deste anos.
    E agora, Dr. Henrique Pinto, posso ser ironica, um pouco…
    Dr. Henrique Pinto quais os “espaços belíssimos” indicados pela Câmara de Leiria, e não aceites pelo Nariz?
    Quais as soluções fanstásticas dadas pela câmara que o Nariz declinou?
    Penso que o Dr. Raul Castro (actual presidente)vai ficar tão curioso quanto eu.
    Afinal a solução existe mas, só o sr. Dr. Henrique pinto sabe qual é.
    Não quer desvendar o segredo?
    Parece-me que não é só o Nariz que é criativo.
    Já pensou ser comediante?

    Responder
  3. In
    http://minoriarelativa.blogspot.com/2010/03

    Pedro Oliveira disse…

    Henrique Pinto disse “Não fora a minha postura de ajudar o grupo e estes problemas nem se punham”.
    Sr. Doutor esta frase é digna de Pilates. Não passe pela sua cabeça mal iluminada pensar que existimos graças à sua Augusta vontade. Esse tipo de raciocinio faz mal à saude e provoca a verdade.
    Não se esqueça que se o senhor doutor não existisse “O Nariz” continuava instalado na sua cabeça.
    Henrique Pinto disse “a actual câmara já ofereceu a “O Nariz” muitas soluções belíssimas… porque não aceitam o que a câmara lhes dá?”
    Senhor Doutor, em reunião com o Presidente da Câmara, no dia 18 de Março de 2010, chegámos à conclusão que não existe, de momento, nenhuma solução para o problema em causa.
    Será que não se apanha mais depressa um pinóquio que um coxo?
    A sua Augusta displicência será confrontada com a opinião pública e com a opinião municipal, através dos seus responsáveis autarquicos, para que a verdade não morra solteira.

    Responder
  4. In
    http://minoriarelativa.blogspot.com/2010/03

    Pedro Oliveira – sócios nº 1 de “O Nariz” disse…
    O tempo, esse grande conselheiro, foi intempestivamente mal tratado pela direcção de uma instituição – Orfeão de Leiria – que sempre prezámos, ao retirar unilateralmente todas as hipóteses de trabalho (espaço físico) e execução dos planos de actividades que “O Nariz” propõe aos cidadãos. Cidadãos esses que tem acompanhado sempre em número crescente os trabalhos levados a palco e os eventos realizados de há vinte anos a esta parte (Festivais de Teatro, Recreio dos Artistas, Reconstituições Históricas, Teatro para a Infância e Juventude, etc etc etc).
    Não se compreende como e porquê a direcção de uma associação cultural com o prestígio do Orfeão de Leria tente deliberadamente dificultar o trabalho de outra associação.
    O tempo permite-me dizer que não é a primeira vez que isto acontece.
    Recordemos o que aconteceu ao grupo de teatro amador do Orfeão de Leiria quando há vinte e tal anos foi “extinto” e escorraçado pela direcção presidida pela mesma sinistra personagem.
    Passados vinte anos toca-nos à porta a mesma personagem com objectivos idênticos.
    O povo diz que não há duas sem três mas o povo esqueceu-se da excepção porque o tempo diz-nos que a terceira não poderá acontecer pois a esperança media de vida não permite que esta personagem faça o mesmo daqui a vinte anos.
    Gostava de relembrar que o trabalho desenvolvido por “O Nariz” tem um carácter profissional e é assim que nos organizamos empenhadamente para oferecer ao cidadão a nossa arte e o nosso amor pelos palcos. Ao retirarem-nos o palco estão a matar os actores que tão delicadamente tem oferecido com generosidade a sua arte de representar.
    Nem os gatos vivem vinte anos apesar de terem sete vidas.
    Sr. Doutor enxergue-se porque as cadeiras também são traiçoeiras.

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  5. In
    http://minoriarelativa.blogspot.com/2010/03

    M V C disse…

    O dr. Henrique Pinto é daqueles personagens imprescindiveis na história… se não existisse, teria de ser inventado!
    Ninguém está contra o Orfeão de Leiria como já foi dito. Ninguém duvidada da legalidade do “acto”. Aliás nunca foi posto em causa mas, meu senhor acha mesmo que o Nariz só em Janeiro é que acordou para a vida?
    Não me parece que esteja na posse de todos os dados… eu esclareço…
    Desde Janeiro de 2008 que Nariz e Autarquia discutem o futuro a respeito de instalações. Desde Janeiro de 2008 que O Nariz tenta junto de V. Exa. e da da Instituição a que preside perceber até quando e como, seria a sua permanência no espaço em questão (Orfeão Velho).
    Continua a “bater” na tecla das contas não pagas…
    Quantas vezes Dr. Henrique Pinto, O Nariz lhe falou no assunto? Qual foi a resposta?
    Não se faça de vítima!
    O Nariz sempre o tratou com todo o respeito e sempre esteve grato pela cedência do espaço.
    Sempre e em qualquer situação o Sr. (e o Orfeão de Leiria) foi referido, pelo Nariz, como o principal e inestimável apoio, em todas a actividades que tem realizado, ao longo deste anos.
    E agora, Dr. Henrique Pinto, posso ser ironica, um pouco…
    Dr. Henrique Pinto quais os “espaços belíssimos” indicados pela Câmara de Leiria, e não aceites pelo Nariz?
    Quais as soluções fanstásticas dadas pela câmara que o Nariz declinou?
    Penso que o Dr. Raul Castro (actual presidente)vai ficar tão curioso quanto eu.
    Afinal a solução existe mas, só o sr. Dr. Henrique pinto sabe qual é.
    Não quer desvendar o segredo?
    Parece-me que não é só o Nariz que é criativo.
    Já pensou ser comediante?

    Responder
  6. In
    http://minoriarelativa.blogspot.com/2010/03

    Pedro Oliveira disse…

    Henrique Pinto disse “Não fora a minha postura de ajudar o grupo e estes problemas nem se punham”.
    Sr. Doutor esta frase é digna de Pilates. Não passe pela sua cabeça mal iluminada pensar que existimos graças à sua Augusta vontade. Esse tipo de raciocinio faz mal à saude e provoca a verdade.
    Não se esqueça que se o senhor doutor não existisse “O Nariz” continuava instalado na sua cabeça.
    Henrique Pinto disse “a actual câmara já ofereceu a “O Nariz” muitas soluções belíssimas… porque não aceitam o que a câmara lhes dá?”
    Senhor Doutor, em reunião com o Presidente da Câmara, no dia 18 de Março de 2010, chegámos à conclusão que não existe, de momento, nenhuma solução para o problema em causa.
    Será que não se apanha mais depressa um pinóquio que um coxo?
    A sua Augusta displicência será confrontada com a opinião pública e com a opinião municipal, através dos seus responsáveis autarquicos, para que a verdade não morra solteira.

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  7. In
    http://minoriarelativa.blogspot.com/2010/03

    M V C disse…

    O dr. Henrique Pinto é daqueles personagens imprescindiveis na história… se não existisse, teria de ser inventado!
    Ninguém está contra o Orfeão de Leiria como já foi dito. Ninguém duvidada da legalidade do “acto”. Aliás nunca foi posto em causa mas, meu senhor acha mesmo que o Nariz só em Janeiro é que acordou para a vida?
    Não me parece que esteja na posse de todos os dados… eu esclareço…
    Desde Janeiro de 2008 que Nariz e Autarquia discutem o futuro a respeito de instalações. Desde Janeiro de 2008 que O Nariz tenta junto de V. Exa. e da da Instituição a que preside perceber até quando e como, seria a sua permanência no espaço em questão (Orfeão Velho).
    Continua a “bater” na tecla das contas não pagas…
    Quantas vezes Dr. Henrique Pinto, O Nariz lhe falou no assunto? Qual foi a resposta?
    Não se faça de vítima!
    O Nariz sempre o tratou com todo o respeito e sempre esteve grato pela cedência do espaço.
    Sempre e em qualquer situação o Sr. (e o Orfeão de Leiria) foi referido, pelo Nariz, como o principal e inestimável apoio, em todas a actividades que tem realizado, ao longo deste anos.
    E agora, Dr. Henrique Pinto, posso ser ironica, um pouco…
    Dr. Henrique Pinto quais os “espaços belíssimos” indicados pela Câmara de Leiria, e não aceites pelo Nariz?
    Quais as soluções fanstásticas dadas pela câmara que o Nariz declinou?
    Penso que o Dr. Raul Castro (actual presidente)vai ficar tão curioso quanto eu.
    Afinal a solução existe mas, só o sr. Dr. Henrique pinto sabe qual é.
    Não quer desvendar o segredo?
    Parece-me que não é só o Nariz que é criativo.
    Já pensou ser comediante?

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  8. Pedro Oliveira disse…

    Henrique Pinto disse “Não fora a minha postura de ajudar o grupo e estes problemas nem se punham”.
    Sr. Doutor esta frase é digna de Pilates. Não passe pela sua cabeça mal iluminada pensar que existimos graças à sua Augusta vontade. Esse tipo de raciocinio faz mal à saude e provoca a verdade.
    Não se esqueça que se o senhor doutor não existisse “O Nariz” continuava instalado na sua cabeça.
    Henrique Pinto disse “a actual câmara já ofereceu a “O Nariz” muitas soluções belíssimas… porque não aceitam o que a câmara lhes dá?”
    Senhor Doutor, em reunião com o Presidente da Câmara, no dia 18 de Março de 2010, chegámos à conclusão que não existe, de momento, nenhuma solução para o problema em causa.
    Será que não se apanha mais depressa um pinóquio que um coxo?
    A sua Augusta displicência será confrontada com a opinião pública e com a opinião municipal, através dos seus responsáveis autarquicos, para que a verdade não morra solteira.

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  9. Assim se liquida a cultura neste triste país de velhos do Restelo ou de restolho salazarista como parece ser esse senhor “dono” do Orfeão de Leiria cuja idade o devia fazer pensar melhor no que o espera. Fiz em tempos teatro com o Pedro Oliveira, e apesar de ter saído por alguns desentendimentos, reconheço o grande valor do grupo para o panorama cultural da região.
    A Câmara de Leiria deve repensar e agir depressa para providenciar um espaço central para estes actores tão bem dirigidos por quem dedicou uma vida ao teatro: O Pedro e a Victória.
    Força nunca baixem o “Nariz”!

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