Fantasporto 2018 – Dias 24, 25, 26, 27 e 28.

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Continuamos a divulgar a programação do Fantasporto – Festival Internacional de Cinema do Porto, no Grande Auditório do Rivoli – Teatro Municipal, desta vez entre os dias 24 e 28 de Fevereiro. Para saber a restante programação, aqui ficam  os links com o programa completo do festival, no Issuu e no facebook oficial do Fantas.

SÁBADO, 24 DE FEVEREIRO

15:00 – “Glass Garden”

Shin Su-won – 117’ – Coreia do Sul – Fantástico – CF – v.o.leg ingl/leg port – ANTESTREIA EUROPEIA
Fábula fantástica sobre uma cientista que estuda as árvores e a sua interação fisiológica com os humanos. Filmada com uma sensibilidade extraordinária, é também uma história sobre os excluídos e a destruição do ambiente. O filme anterior da realizadora, “Reinbou” (2010) foi considerado o Melhor Filme Asiático no Festival de Tóquio.

Apreciação: Filme coreano, com uma premissa interessante, que vai de encontro ao tema desta edição do Fantas, a ética. Cuidadosamente filmado, com uma excelente fotografia e uma narrativa apelativa, com uma componente ambiental e os temas já usuais na filmografia coreana, como a vingança. Apesar de ser um filme bastante interessante, continua a ter o problema mais comum dos filmes desta nacionalidade, a sua duração que parece ter mais 20 ou 30 minutos do que os necessários para contar esta estória, fazendo com que o último terço se torne monótono e até um pouco redundante.

Classificação: 3.5/5

17:00 – “Ruin Me”

Como é a segunda vez que o filme é exibido,  a sua informação está no artigo anterior.

19:00 – “Budapest Noir”

Como é a segunda vez que o filme é exibido,  a sua informação está no artigo anterior.

21:00 – “Ajin: Demi-Human”

Como é a segunda vez que o filme é exibido,  a sua informação está no artigo anterior.

23:00 – “Dream Demon – Director’s Cut”

Harley Cokeliss – 89 ’ – 1988/89 – Fantástico/Horror – UK – v.o. ingl/leg port – HOMENAGEM
Celebração dos 30 Anos de um clássico do Cinema de Horror Britânico, na presença do realizador Harley Cokeliss, e no seguimento do restauro e digitalização do seu filme-culto, em 2017, pelo British Film Institute.

Apreciação:

Classificação: /5

DOMINGO, 25 DE FEVEREIRO

15:00 – “Still/Born”

Brandon Christensen – 87’ – Canadá – CF – Terror – v.o.ingl/leg port – ANTESTREIA
Mulher que perdeu à nascença um dos gémeos, pensa que um génio lhe quer roubar o outro. Um olhar à “REC” que entronca no cinema clássico de horror, esta é a primeira longa metragem do realizador. Selecção do festival de Sitges.

Apreciação:

Classificação: /5

17:00 – “DC Superheroes VS Eagle Talon”

Frogman – 104’ – Jap – Animação/Super herois – v.o.leg ingl/leg port – INTERNATIONAL PREMIERE
Distribuído internacionalmente pela Warner, este filme vai buscar a graça da “animé” japonesa e os heróis da DC Comics. A sociedade secreta Eagle Talon para conquistar o mundo. O filme passa-se em Tóquio, onde o Joker e o Harley Quinn roubam uma arma secreta. Os super-heróis da DC são chamados para os enfrentar e anular…

19:00 – “Uma Vida Sublime”

Luís Diogo – 106´ – Port- SR – Drama – v.o.port/leg ingl. – ANTESTREIA MUNDIAL
O médico Dr. Ivan encontrou duas curas radicais para a infelicidade. Do realizador Luís Diogo, uma história de terror cujo protagonista tem a melhor das intenções. Este filme segue-se a “Pecado Fatal”, estreado no Fantasporto e premiado internacionalmente, nomeadamente no Canada International Film Festival e na Bulgaria.

Apreciação: Depois de “Pecado Fatal“, Luís Diogo volta a estrear um filme seu no Fantas, depois de o fazer também como argumentista com “Gelo“. E a primeira conclusão que tiramos é que Diogo é melhor a escrever para si do que para os outros. À semelhança de “Pecado Fatal”, “Uma Vida Sublime” tem um argumento bem elaborado, com arcos narrativos interessantes, personagens tridimensionais e momentos de tensão e humor bem escritos. O problema aqui continua a ser o mesmo do filme anterior, a falta de orçamento, que faz com que os meios disponíveis para a sua concretização sejam mais televisivos do que cinematográficos. Mesmo assim, há melhorias em alguns aspectos, a direcção de actores é bastante melhor, embora no geral os actores sejam também melhores (à excepção de Sara Barros Leitão no filme anterior, que era sublime). A fotografia tenta, e consegue a espaços, mostrar mais cinema. E Diogo mostra mais segurança na realização, e na gestão de recursos. Contudo, o maior problema do filme é repartido pelo realizador e pelo responsável pela montagem, nota-se que Diogo tem dificuldade em cortar no superficial, em limar algumas cenas, imprimindo-lhes mais ritmo e objectividade. O mais memorável exemplo disso é a cena em que o protagonista é confrontado pelos seus pacientes e pelo director da clínica. A cena arrasta-se e tem diálogos e intervenções de personagens cuja duração é supérfula e redundante, tornando-a um pouco maçadora. No geral, “Uma Vida Sublime” é um filme interessante, provocador e divertido, e é um passo em frente na filmografia do realizador. Era bom que tivesse um pouco mais de meios, para esses passos poderem ser mais largos.

Classificação: 3.5/5

21:30 – “Living Among Us”

Brian A. Metcalf – 80’ – EUA – CF – Horror – v.o.ingl/leg port – ANTESTREIA MUNDIAL
Os vampiros decidem sair dos esconderijos e aparecer em público! Uma equipa de documentaristas consegue acesso aos vampiros para realizar um documentário com eles e saber como vivem e como coexistem com os humanos. Mas quando estão na presença deles dão-se conta que as coisas não se vão passar pacificamente… Primeira longa-metragem de Metcalf, especialista de efeitos visuais e jogos de computador.

Apreciação: Mais um filme completamente descartável. Parte de uma idéia gasta, em todas as suas vertentes (o documentário, a found footage, os vampiros que se tentam inserir na sociedade ou nem por isso). A execução é simplória sem nada que seja original, e o uso de estática e ruído entre planos é parva e irritante (a sério, quantas câmaras actuais continuam a fazer este tipo de transição?). O elenco tem alguns nomes conhecidos, mas que são completamente desaproveitados em clichés e trivialidades (o falecido John Heard não merecia esta despedida). No geral é um filme cujo destino deveria ser o VOD, para uma audiência pouco exigente e esclarecida.

Classificação: 1/5

SEGUNDA, 26 DE FEVEREIRO

14:00 – SECÇÃO OFICIAL COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS FANTÁSTICAS – 167’

Reruns
Rosto, 14’23’’, Hol/Fra/Bel
Caronte
Luís Tinoco, 15’51’’, Esp
Creature from the Lake
Renata Antunez, Alexis Bédué, Léa Bresciani, Amandine Canville, Maria Castro Rodriguez, Logan Cluber, Nicolas Grangeaud, Capucine Rahmoun-Swierczynski, Victor Rouxel, Orianne Siccardi, Mallaury Simoes, 5’10’’, Fra
Yemanja
Frédéric Gaudin, Marceau Leger, Tanguy Lemonnier, Patrick Martini, Diana Nikitina, Flora Silve, 5’52’’, Fra
Azdaja – The Dragon
Ivan Ramadan, 13’, Bosnia Herzegovina
The End of Time
Milcho Manchevski,5’24’’, USA/Cuba
Sweet Water
Drew Casson, 20’, UK
In the Dark, Dark Woods
Jason Bognacki, 4’30’’, USA
Merry-Go-Round
Ihor Podolchak,4’59’’, Ucrania/Pol
Belle a Croquer
Axel Courtière, 14’57’’, Fra
BEC
Tony Morales,12’17’’, Esp
Zarr-Dos
Bart Wasen, 6’34’’ Suiça
Storylines
Juan Manuel Betancourt Calero, 17’50’’, Col
Salvatore
Maarten Groen, 11’38’’, Hol
A.L.
Cashell Horgan, 10’57’’, Irlanda

 

17:30 – “Involution”

Pavel Khvaleev – 87’ – Russ/Alem – Fantástico – Fantasy, Sci-fi – CF – v.o.leg ingl/leg port – ANTESTREIA MUNDIAL
A Terra ficou descontrolada, afectada por um mecanismo cruel e desumano que provoca uma regressão da teoria da evolução de Charles Darwin… Um psiquiatra assiste à “involução” do mundo moderno, em que os homens se estão a aproximar cada vez mais dos macacos. Do realizador de “III- The Ritual”, selecção do Fantasporto de 2016.

Apreciação: Outro filme que parte de uma premissa interessante, mas que é completamente sub-aproveitada. À semelhança de “III- The Ritual”, “Involution” é visualmente muito apelativo e expressivo, mas Khvaleev perde objectividade na concretização, resultando em constantes inverosimilhanças (este futuro é tecnológicamente avançado em tudo excepto nos carros, o pouco inteligente paciente tem um notável sentido de orientação que lhe permite encontrar facilmente o protagonista que é muito mau a fugir, etc.). O guião é uma manta de retalhos, que parece não saber que sentido dar ao filme, perdendo-se em considerações acessórias que não entusiasmam nem emprestam interesse à narrativa. Vale pelo carisma do protagonista e pela fotografia. Uma última nota para o poster, que é um tiro no pé, o mais descabido auto-spoiler de que há memória (vamos tirar ao filme uma imagem bonita, não importa se é o último plano do filme e desvenda o destino dos potagonistas).

Classificação: 1.5/5

19:00 – “Bikini Moon”

Milcho Manchevski – 102’ – EUA – Drama – v.o.ingl/leg port – ANTESTREIA EUROPEIA
Uma veterana de guerra carismática com problemas mentais é objecto da atenção de uma equipa de filmagem que quer explorar a sua história para um filme independente. Uma fabulosa viagem à mente humana com excelente interpretação de Condola Rashad (“Sex and the City 2“). Do realizador vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza em 1995, Prémio de Carreira do Fantasporto 2016, com mais de 15 prémios internacionais, entre os quais o da UNESCO.

Apreciação: Um dos filmes mais interessantes e apelativos do festival. Aqui o efeito de documentário é muito bem conseguido, até porque parte de uma premissa realista e tem como base personagens trimensionais e muito interessantes. Manchevski consegue imprimir o ritmo certo à narrativa, com uma montagem eficaz e coerente. Destaque ainda para as excelentes interpretações e para o discreto comentário social.

Classificação: 4/5

 21:30 – “The Child Remains”

Michael Melski – 113’ – CF – Canadá – Horror – ANTESTREIA
Um desejado fim-de-semana romântico de um casal numa casa de campo isolada torna-se num pesadelo de terror quando descobrem que aquela casa é uma antiga clínica/maternidade onde os bebés e suas mães foram assassinados. Baseado numa história real. Selecção dos festivais de Montreal (Melhor Filme), Edmonton (Prémio do Público), Wisconsin, Ottawa e Horror Film Festival London.

Apreciação: Um eficaz filme de terror com inspiração em factos reais, que resulta num thriller intenso e claustrofóbico. O grande problema é que é facil identificar os factos reais que lhe serviram de inspiração e os elementos adicionados para lhe dar um tom sobrenatural que não acrescenta muito à estória base. Aliás, são os elementos sobrenaturais que reduzem um pouco o filme e distraem daquilo que seria importante. Apesar disso, o guião é interessante, com um twist bem colocado e eficaz. Boas interpretações e uma realização segura fazem deste um filme sóbrio e eficaz, que merece uma visualização.

Classificação: 3.5/5

TERÇA, 27 DE FEVEREIRO

15:00 – “The Charmer”

Milad Alami – 102’ – Dinamarca – Comédia dramática – SR – v.o.leg ingl/leg port ANTESTREIA
O drama da integração dos imigrantes na Europa tem várias faces. Não basta ter sucesso para se ser integrado. A crueldade suave e até divertida da integração. Filme dinamarquês, Prémio de Melhor Realização no Festival de Chicago, e premiado ainda como Melhor Filme nos festivais de Tbilisi, San Sebastian e Varsóvia.

Apreciação: Mais um belíssimo filme, um ensaio sobre a emigração, do ponto de visto prático e emocional. Bom guião, um ritmo apropriadamente lento e uma belíssima fotografia. Destaque ainda para as interpretações e para a realização segura e sóbria.

Classificação: 4/5

17:00 – “Replace”

Como é a segunda vez que o filme é exibido,  a sua informação está no artigo anterior.

19:00 – “True Fiction”

Não há poster disponível para este filme.

Jin-Mook Kim – 104’- Coreia do Sul – SR – Thriller – v.o.leg ingl/leg port – ANTESTREIA MUNDIAL
Um jovem político tem aspirações ao poder sob a proteção de um poderoso senador. Uma história de violência e prepotência. Um filme coreano com argumento pleno de surpresas que questiona o poder absoluto dos políticos, as suas prepotências e traições. As alianças inesperadas, a corrupção e o inesperado num filme cujo argumento lembra “Fargo”.

Apreciação: Filme coreano que, para não fugir à regra, tinha um sub-plot de vingança, tão característico nesta cinematografia. Curiosamente, este já não me pareceu sofrer do mal de que os filmes coreanos padecem na generalidade: a sua duração muito para além da estória que pretendem contar. Isto só por si já é um ponto a favor do filme, mas há mais: a fotografia é belíssima, o argumento é engenhoso (e não, não tem nada a ver com o “Fargo”), a realização é segura, o ritmo narrativo é primoroso e as interpretações são todas excelentes. Mas, no fim é só isso, uma estória interessante, bem contada, mas que a longo prazo não deixará memória.

Classificação: 4/5

21:30 – “A Day”

Sun-ho Cho – 110’ – Coreia – Fantasy- CF – v.o.leg.ingl/leg port – ANTESTREIA EUROPEIA
Um pai, por circunstancias várias, chega tarde de mais, ao encontro com a filha e esta morre num acidente. Terá de reviver várias vezes e com as mesmas pessoas a sua tragédia, convivendo com os culpados e os inocentes. Os diferentes ângulos e revelações surpreendentes farão dele próprio um instrumento involuntário da sua desgraça.

Apreciação: O segundo filme coreano da noite já é descaradamente sobre vingança. Como o trailer deixa antever, é um “Groundhog Day” sobre um aparente acidente de automóvel que é revivido por (aparentemente) uma pessoa. Com esta premissa básica e pouco original o filme esgota-se no final do segundo acto, e a tentativa de o revitalizar não é totalmente bem conseguida, Aqui, já senti outra vez que o filme podia ser mais curto, porque a última reviravolta no guião é desnecessária e redundante. Por outro lado, tem provavelmente a mais bonita e luminosa fotografia de todo o festival. Alguns planos apetecem mesmo pôr o filme em pausa para os podermos absorver ao máximo. Tudo o resto é competente e o filme é um aceitável divertimento, mas não passa disso. E a secção CF do festival precisa urgentemente de filmes que sejam mais do que isso, ou corre o risco de, qualitativamente, ser das piores de sempre.

Classificação: 3.5/5

QUARTA, 28 DE FEVEREIRO

15:00 – “Bhoy Intsik”

Joel Lamangan – 107’– Filipinas- Drama- SR – v.o.leg ingl/leg port – INTERNATIONAL PREMIERE
Vindo das Filipinas, um exemplo pujante da qualidade emergente desta cinematografia. A história de um travesti nas ruas da cidade de Manila, à procura da humanidade que lhe foge. Prémio do Público do Festival de Manila.

Apreciação: Eu gosto muito dos filmes filipinos que vi no Fantas. É uma filmografia recentemente descoberta no festival, e tem tido uma presença cada vez maior. Infelizmente, na secção Semana dos Realizadores, essa presença está a tornar-se repetitiva no tema; os bairros de lata, as classes sociais mais baixas, a criminalidade, etc. “Bhoy Intsik” é mais um filme nessa temática, e embora seja mais um bom filme torna-se repetitivo, e só não é redundante porque adiciona o tema da sexualidade e identidade sexual. É um filme bem escrito, emotivo e muito bem interpretado, mas fica a sensação de que já ali estivemos e já vivemos muitos daqueles acontecimentos com outras personagens.

Classificação: 4/5

17:00 – “The Water Spirit”

Dan Villegas – 96’ – CF – Filipinas- Fantasy – v.o.leg ingl/leg port – INTERNATIONAL PREMIERE
A história de uma ruptura familiar em pleno ataque demoníaco. Dennis, um repórter, convida acidentalmente o ‘Ilawod’ um espírito da água, que se liga ao seu filho, Ben… “English Only, Please” (2014) de Villegas ganhou o Prémio para o Melhor Realizador do Metro Manila Film Festival. Mais uma surpresa vinda das Filipinas, uma cinematografia cada vez mais premiada no Fantasporto.

Apreciação: Na Secção Cinema Fantástico, a presença filipina tem tido menos força (assim de repente só me lembro do excelente “Dementia“), portanto foi com agrado e antecipação que parti para “Ilawod”. E se, mais uma vez, não é um mau filme, a nível de criatividade não deslumbra. É realizado com segurança, bem interpretado, bem escrito e com boa fotografia e efeitos, mas é filipino como podia ser de outra nacionalidade qualquer. Ou seja, aquilo que eu critiquei no filme anterior, a identidade social, é aquilo que faz falta aqui. Se fosse um pouco mais específico na identificação cultural, seria de certeza um filme muito mais marcante. Mesmo assim, é um dos bons filmes desta edição do festival.

Classificação: 3.5/5

19:00 – “Al- Asleyeen / The Originals”

Marwan Hamed – 125’ – Egipto – Comédia dramática – SR – v.o. leg ingl/leg. port. – ANTESTREIA MUNDIAL
Super-produção egípcia com um tema inesperado vindo de um país árabe. Numa sociedade tecnológica, onde o telemóvel e a vigilância adquirem uma importância enorme, um bancário despedido acaba por ser obrigado a fazer o que não quer. Deus ou apenas um Big Brother? Fábula política e drama humano numa extraordinária história cheia de actualidade. A não perder, até pela soberba interpretação do actor principal, Maged El Kedwany.

Apreciação: Este é um filme dificil de classificar. A sua primeira meia hora é magnifica, uma comédia de costumes muito bem fotografada e montada, com uma boa banda sonora e interpretações irrepreensíveis, principalmente do protagonista. Depois a estória muda e passa a ser um filme de espionagem governamental, na temática Big Brother, mas com um tom muito mais pesado e sério do que tinha tido até aí. E o problema é que se nota nos factores anteriores, sobretudo na montagem, o que leva a uma mudança de ritmo que enfraquece o filme. Apesar disso, continua a ser um bom filme, intrigante e apelativo, tecnicamente acima da média, que merece certamente uma visualização.

Classificação: 4/5

 21:30 – “Les Affamés”

Robin Aubert – 97’ – Canadá – Fantasy – CF – v.o.leg ingl/leg port – ANTESTREIA
Numa pequena e remota aldeia do Quebec, os habitantes locais sofreram terríveis modificações e de repente viraram-se contra as pessoas que mais amavam. Do cineasta canadiano Robin Aubert (“Saint Martyrs des Damnés”, foi Prémio de Melhor Realizador no Fantasporto 2006), este filme foi considerado Melhor Filme do Canadá no Festival de Toronto. Teve ainda prémios também em Montreal e em Madrid.

Apreciação: Finalmente um filme de terror puro e duro. E tinha de ser de zombies, género cujas regras especificas (mas não rigidas) dão sempre excelentes resultados no Fantas (ainda me lembro de “La Horde”). O filme acompanha vários grupos de sobreviventes, num apocalipse zombie, que se vão juntando até se tornarem um. E é só isto, não precisa de grande estória, que abrandaria o ritmo da acção. É bem realizado, tem uma fotografia e montagem cuidados e até um daqueles momentos que faz o Rivoli explodir de euforia. Sem dúvida, o grande candidato ao grande prémio (até agora).

Classificação: 4.5/5

A que sessões estão a pensar ir? Quais os filmes que vos despertam mais curiosidade? Digam-nos nos comentários, e voltem para ver se concordam com a nossa apreciação…

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